quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aracnídeos


O Filo dos Artrópodes corresponde a mais de 80% das espécies animais existentes. Dentre os principais grupos deste filo estão os aracnídeos (Subfilo Chelicerata - Classe Arachnida), dos quais fazem parte as aranhas (Ordem Araneae) e os escorpiões (Ordem Scorpiones). Os aracnídeos são caracterizados por apresentarem o corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdomen) quatro pares de pernas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras.
ESCORPIÕES:
Existe a comprovação da existência dos escorpiões há mais de 400 milhões de anos. Foram os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre não passando por modificações morfológicas importantes. No corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdômen), estão localizados os 4 pares de pernas. O órgão inoculador de veneno denominado “telson” localiza-se num segmento após o abdômen. Atualmente são conhecidas cerca de 1.600 espécies em todo o mundo, e aproximadamente 100 espécies ocorrem Brasil. Habitam praticamente todos os continentes, exceto a Antártida, vivendo em quase todos os ecossistemas terrestres (desertos, savanas, cerrados, florestas temperadas e tropicais). Assim como as aranhas, são animais que inspiram medo pelo fato de algumas espécies, causarem acidentes com envenenamento humano.
Das espécies conhecidas, apenas 25 podem causar acidentes com óbitos. Muitas lendas e crendices populares baseadas quase sempre em fatos mal interpretados, colaboram para reforçar a idéia de malignidade desses animais.
Etimologia:O nome “escorpião” é derivado do latin scorpio/ scorpiones . Em certas regiões brasileiras, são chamados de “lacraus”, e confundidos com insetos cujo corpo termina em pinça como as tesourinhas ou lacrainhas, que são insetos inofensivos ao homem.
Reprodução:Os escorpiões são vivíparos. Ao nascerem, os filhotes são conduzidos um a um pela mãe até o dorso, onde permanecem até a realização da primeira troca de pele. Os escorpiões pertencentes ao gênero Tityus passam por cerca de 6 trocas de pele até tornarem-se adultos.
A distinção entre macho e fêmea, nem sempre é muito fácil, uma vez que os caracteres morfológicos variam de acordo com a espécie e observados somente em indivíduos adultos. Para que ocorra o acasalamento, o macho deve encontrar uma fêmea receptiva, prendê-la pelos pedipalpos arrastá-a por diversas vezes de um lado para o outro (dança nupcial), até o momento da liberação e fixação do espermatóforo (um tubo de aproximadamente 6 mm contendo o esperma) no solo. Em seguida a fêmea é posicionada sobre este tubo que penetra em seu opérculo genital, fertilizando-a. Em Tityus serrulatus (escorpião amarelo) não há machos na espécie. A reprodução ocorre por PARTENOGÊNESE (ovo se desenvolve sem a necessidade de ser fecundado por um espermatozóide). O período de gestação nos escorpiões é muito variado. Em Tityus é em torno de 3 meses. Já para escorpiões do gênero Pandinus (grandes escorpiões africanos) este intervalo é de aproximadamente 9 meses. Durante o parto, a fêmea eleva o corpo apoiando-se sobre as pernas, formando um cesto com as pernas anteriores, para abrigar e transportar os recém-nascidos até o seu dorso.Os filhotes permanecem juntos da mãe durante e após a primeira troca de pele por um período que pode variar de 10 a 14 dias, quando finalmente abandonam a mãe e passam a ter vida independente.O período do nascimento até a dispersão dos filhotes varia bastante entre as espécies. Para Tityus bahiensis (escorpião marrom) e Tityus serrulatus (escorpião amarelo), é de aproximadamente 14 dias. A troca de pele nos escorpiões, assim como na maioria dos artrópodes, ocorre sucessivamente até a maturidade sexual.
Alimentação:Os escorpiões são carnívoros e alimentam-se exclusivamente de animais vivos. Fazem parte de sua dieta, cupins, baratas, grilos, aranhas e pequenos vertebrados. A visão, considerada precária, impede que os escorpiões captem imagens definidas. A localização das presas é percebida através das vibrações do ar e do solo captadas por cerdas sensoriais, distribuídas por todo o corpo do escorpião. Nem sempre utilizam o veneno para capturar suas presas. Espécies com pinças grandes e fortes são capazes de esmagar e devorar a presa dispensando o uso do veneno. Quando o telson é mutilado, o escorpião é capaz de sobreviver alimentando–se de pequenos animais que são aprisionados com o auxílio das pinças.Vivem isolados ou em grupos, se as condições ambientais favorecerem sua instalação. Em cativeiro e outras situações estressantes, os escorpiões costumam praticar o canibalismo, ou seja, devoram-se mutuamente.
Habitat:Habitam todos os continentes, exceto a Antártida, ocupando quase todos os ecossistemas terrestres como savanas, desertos, cerrados, florestas temperadas e tropicais, enterrando-se no solo úmido das matas, na areia dos desertos, ao longo das praias, na zona entre marés ou em cavernas. Costumam abrigar-se em bromélias existentes no solo ou em árvores de grande altitude, sob pedras, madeiras, troncos podres ou em galerias no solo úmido das matas. Algumas espécies são mais ativas durante os meses quentes, porém nos trópico, os escorpiões permanecem ativos durante todo o ano.
Importância ecológica:Do ponto de vista biológico, os escorpiões representam um grupo importante e eficiente sendo considerados os principais predadores de insetos e outros pequenos animais, às vezes nocivos ao homem.
Inimigos:Na natureza, são conhecidos vários predadores dos escorpiões: lacraias, louva-deus, macacos, aranhas, sapos, lagartos, seriemas, corujas, gaviões, quatis, macacos, galinhas, camundongos, algumas formigas e os próprios escorpiões. Mas, alterações no meio ambiente provocadas pelo homem como, desmatamentos, utilização indiscriminada de agrotóxicos e crescimento urbano desordenado, parecem ser as principais causas de extermínio dos escorpiões.
ESPÉCIES PERIGOSAS:O problema quanto ao envenenamento humano causado por escorpiões é conhecido desde a antiguidade. As espécies perigosas podem ser encontradas nos desertos ou em regiões semi-áridas. No continente americano ocorrem no Sudeste dos Estados Unidos, México, América do Sul e Ilhas do Caribe. Há espécies que habitam as regiões Norte e Sul da África, Oriente Médio, Norte do Mediterrâneo, Irã, Ásia e ÍndiaDas 1600 espécies atualmente conhecidas no mundo, apenas 25 podem causar acidentes humanos graves. O crescimento desordenado de importantes centros urbanos propicia condições cada vez mais favoráveis à instalação e proliferação desses animais junto às regiões habitacionais em ambientes peri e intradomiciliares. Encontram esconderijos em terrenos baldios, velhas construções, sob o entulho, pilhas de madeira, tijolos, caixas de luz etc.O manuseio inadequado de materiais de construção e entulho aumenta as chances de um acidente. No ambiente domiciliar, os cuidados devem ser redobrados quanto ao uso de roupas e calçados. O controle destes animais passa a ser fundamental, e sua eficácia depende de uma ação multidisciplinar envolvendo os órgãos públicos, a comunidade e o manejo ambiental para tornar desfavoráveis as condições de instalação, permanência e proliferação dos escorpiões.No Brasil, são conhecidas cerca de 100 espécies, das quais, apenas três são consideradas perigosas. São elas :
Tityus serrulatus Lutz & Mello, 1922 : de 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral amarelado; pernas e papos sem manchas; cefalotórax e abdômen escuros; presença de serrilha na face dorsal do 3 o e 4 o segmentos da cauda; presença de espinho subaculear no telson.
Distribuição: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Sul (relato de um acidente) e Paraná.
Tityus bahiensis Perty, 1833: de 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral marrom avermelhado; cefalotórax e abdômen mais escuros e sem manchas; pernas com pequenas manchas escuras; presença de manchas mais escuras na tíbia e fêmur dos palpos; presença de espinho subaculear no telson.
Distribuição: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Tityus stigmurus Thorell, 1876: de 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral amarelado; pernas e palpos sem manchas; presença de um triângulo escuro na face dorsal anterior do cefalotórax; pré-abdômen com uma faixa escura central bem definida e duas laterais discretas na face dorsal; presença de serrilha na face dorsal do 3 o e 4 o segmentos da cauda; presença de espinho subaculear no   telson.
Distribuição: Pernambuco, Bahia, Ceará, Piauí, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Tityus cambridgei Pocock, 1897 : de 8 a 10 cm de comprimento; colorido geral castanho escuro avermelhado, com alguns pontos mais claros; o macho possui a cauda e os palpos mais finos e longos que a fêmea; presença de espinho subaculear no telson.
Distribuição: Pará , Amapá, Tocantins e Rondônia.

ARANHAS:As aranhas compõem a ordem mais numerosa dos aracnídeos, sendo consideradas válidas cerca de 35.000 espécies em todo o mundo, embora, segundo alguns autores, este número possa chegar a 100.000. Habitam praticamente todas as regiões do planeta, incluindo uma espécie aquática. Muitas espécies vivem próximas, e até mesmo dentro de habitações humanas, favorecendo a ocorrência de acidentes. O veneno, produzido por duas glândulas situadas na região das quelíceras, pode ser utilizado na captura de presas e como defesa. Poucas espécies podem causar acidentes com envenenamento humano importante. No mundo, são conhecidas 35.000 espécies de aranhas, distribuídas em mais de 100 famílias, porem, somente cerca de 20 a 30 espécies, são consideradas perigosas para o homem. No Brasil, as espécies mais representativas pertencem aos gêneros Phoneutria , Loxosceles e Latrodectus .
 ETIMOLOGIA:O termo aranha é derivado da palavra latina araneus, aranea.

Reprodução:O dimorfismo sexual nas aranhas, é caracterizado pela presença de bulbo copulador (localizado nas extremidades dos pedipalpos) nos machos. O acasalamento ocorre com o macho introduzindo o bulbo copulador, contendo o esperma, na abertura genital da fêmea. Após o acasalamento, o conteúdo espermático fica armazenado numa estrutura denominada espermateca. Os ovos são fertilizados no momento em que a fêmea realiza a postura. Para armazená-los, é construída uma bolsa, elaborada com fios de seda, chamada ooteca. A fêmea permanece junto a ooteca, até o momento da eclosão dos filhotes. As aranhas, bem como os escorpiões, possuem o corpo recoberto de quitina, (exoesqueleto), que é trocado periódicamente até a maturidade. As fêmeas das aranhas caranguejeiras, realizam anualmente a troca de pele, mesmo depois de adultas.

Alimentação:São carnívoras, alimentando-se de insetos e pequenos invertebrados. Algumas espécies de caranguejeiras da Amazônia são capazes de predar roedores e pequenos pássaros.

Habitat:Vivem no meio terrestre, desde as Ilhas próximas à região Ártica até os limites sulinos dos continentes, em teias geométricas ou irregulares, em buracos, cupinzeiros, sob troncos caídos, cascas de árvores, bem como, próximo e dentro das moradias.

Inimigos:Lagartixas, sapos, rãs, algumas espécies de peixes e pássaros, podem ser considerados inimigos naturais. 
 
ESPÉCIES PERIGOSAS:No Brasil, as espécies de aranhas que costumam causar acidentes com envenenamento humano pertencem aos gêneros Phoneutria , Loxosceles e Latrodectus.

Phoneutria nigriventer (aranha armadeira) :Coloração marrom, com pares de manchas ao longo da parte dorsal do abdômen; possuem oito olhos em três filas: 2:4:2; de 4 a 5 cm de corpo, podendo atingir até 12 cm, incluindo as pernas. Vivem em bananeiras, sob troncos caídos, bem como, próximo e dentro das moradias; não fazem teia e assumem posição de defesa quando se sentem ameaçadas.  

Phoneutria nigriventer (aranha armadeira) :
Distribuição: ES, MG, MS, GO, RJ, SP, PR, SC, RS.
Loxosceles spp (aranha marrom) : coloração marrom avermelhado; cefalotórax achatado; seis olhos em três pares; apresentam até 1 cm de corpo e 3 a 4cm incluindo as pernas. Costumam alojar-se em fendas de barrancos, pilhas de telhas, cavernas, sob cascas de árvores, bem como, próximo e dentro das moradias.
Aranha Marrom (fêmea)
Aranha Marrom (macho)
 Distribuição:
Loxosceles amazonica – Norte e Nordeste do Brasil.
Loxosceles similis – PA, MG, SP, MS.
Loxosceles gaucho – MG, SP, PR, SC.
Loxosceles intermedia – GO, Sudeste e Sul do Brasil.
Loxosceles adelaida – SP, RJ.
Loxosceles hirsuta – MG, SP, PR, RS.
Loxosceles laeta – PB, MG, SP, RJ, PR, SC, RS.
Loxosceles puortoi – TO.

Latrodectus geometricus (viúva-negra): apresentam abdômen globoso de colorido marrom-acinzentado com um desenho em forma de ampulheta na cor alaranjada na região ventral do abdômen; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho de corpo; machos, com apenas alguns milímetros de corpo. Constroem teias tridimensionais em meio a plantações, beiras de barrancos, entre as folhas de arbustos; costumam construir seus refúgios em batentes de portas e beirais das janelas.
Distribuição: cosmotropical
Latrodectus curacaviensis (viúva-negra): conhecida como flamenguinha e aranha barriga vermelha. Possui abdômen globoso de coloração preta com faixas vermelhas e, por vezes, alaranjada; apresenta no ventre uma mancha vermelha em forma de ampulheta; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho; machos muito menores com apenas alguns milímetros de corpo; constroem teias tridimensionais em áreas de plantações, vegetação rasteira, sauveiros, cupinzeiros, materiais empilhados, objetos descartados, montes de lenha, beiras de barrancos e no interior das moradias.
Distribuição: CE, RN, BA, ES, RJ, SP, RS.
Lycosa erythrognatha (aranha-de-grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo e tarântula): são freqüentemente encontradas em todo o Brasil. Apesar de causarem acidentes com freqüência, seu veneno não é considerado perigoso para o homem. Apresentam coloração marrom-clara, por vezes acinzentada. Atingem de 4 a 5 cm de comprimento e possuem, no dorso do abdômen, um desenho negro em fora de seta. O ventre é negro e as quelíceras são recobertas por pêlos avermelhados ou alaranjados.
 Aranhas caranguejeiras: São freqüentemente temidas por causa da aparência e tamanho, muitas vezes chegando a atingir 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura, porém, no Brasil não são conhecidas espécies responsáveis por envenenamento humano. As picadas costumam provocar apenas dor de pequena intensidade e de curta duração. Vivem, em geral, em locais afastados do homem (árvores, cupinzeiros, buracos em barrancos e galerias subterrâneas). O ferrão em posição vertical, reduz a eficiência do mecanismo de picada. Assim, raramente causam acidentes, principalmente espécies peludas e de grande porte. Além da inoculação de veneno, possuem outro mecanismo de defesa, inclusive mais freqüentemente utilizado, que consiste em atritar vigorosamente as pernas traseiras no abdômen, espalhando uma nuvem de pêlos com ação irritante em direção ao inimigo. Os pêlos podem causar alergias com manifestações cutâneas ou problemas nas vias respiratórias altas.
LACRAIAS:

 Os quilópodos, conhecidos popularmente como lacraias e centopéias, possuem corpo quitinoso dividido em cabeça e tronco articulado achatado, filiforme ou redondo, permitindo fácil locomoção. A cabeça apresenta um par de antenas articuladas, localizadas na margem frontal e um par de forcípulas, onde estão contidas as glândulas de veneno e estruturas terminais quitinosas inoculadoras de veneno. As lacraias apresentam um par de pernas em cada segmento do tronco, sendo esta uma importante característica para diferenciá-las dos piolhos de cobra ou gôngolos (Diplopodos), que possuem dois pares de pernas nos segmentos do tronco. O número de pernas nas lacraias, pode variar de 15 a 23 pares. No último segmento estão contidos os aparelhos genital feminino e masculino, além de um par de apêndices chamados pernas anais. De colorido diversificado, possuem tonalidades clara de vermelho, amarelo e azul, ou vinho e verde escuro. Seu tamanho varia de 1,5 cm a 26,0 cm de comprimento. Animais carnívoros, a maior parte de sua dieta é formada por minhocas, vermes e pequenos artrópodos, como grilos, baratas, etc.
HABITAT:As lacraias estão distribuídas por todo o mundo em regiões temperadas e tropicais. Os esconderijos proporcionam proteção não apenas contra possíveis predadores, mas também contra a desidratação. De hábitos noturnos, saem à procura de alimento ou de novas moradias, alojando-se sob pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos em decomposição, ou constroem um sistema de galerias, contendo uma câmara onde o animal se esconde. Apresentam também hábitos peridomiciliares e domiciliares, sendo encontradas em: hortas, canteiros de jardins, vasos, xaxins, entulhos, sob tijolos ou qualquer compartimento da moradia onde coexistam ausência de luz solar e presença de umidade. As lacraias que costumam provocar acidentes com maior freqüência pertencem a 3 gêneros, com ampla distribuição em toda Grande São Paulo: Cryptops , Otostigmus e Scolopendra .

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Repteis

Jacarés e aligatores pertencem à família Alligatoridae e são animais muito parecidos com os crocodilos, dos quais se distinguem pela cabeça mais curta e larga e pela presença de membranas interdigitais nos polegares das patas traseiras. Com relação à dentição, o quarto dente canino da mandíbula inferior encaixa num furo da mandíbula superior, enquanto que nos crocodilos sobressai para fora, quando têm a boca fechada. O tamanho de um jacaré pode variar de 60cm (jacaré anão) até 6 metros e meio (jacaré açu), e pode pesar de 3 a 500 quilos.
A família é constituida por cerca de 40 espécies classificadas em 11 géneros distribuidos pela Austrália, Nova Guiné e América do Sul. O habitat preferencial é em florestas, junto de rios de curso lento lagoas rasas e terrenos pantanosos. A carapaça dos cágados é ovalada e de cor escura. A maioria das espécies do grupo é carnívora e alimenta-se de vermes, moluscos, pequenos peixes, vegetais, crustáceo e insetos; há também espécies onívoras.
Com mais de 5000 espécies conhecidas atualmente, os lagartos ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida e existem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns geckos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. São geralmente carnívoros, alimentando-se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos omnívoros ou herbívoros, como as iguanas. O monstro-de-gila, nativo do sul dos EUA, é a única espécie que é venenosa. Alguns tipos de lagarto são capazes de regenerar partes do seu corpo, mais usualmente a cauda, mas em alguns casos mesmo patas perdidas. Enquanto a maioria das espécies põe ovos, outras são vivíperas ou ovovivíperas.Neste ano foi encontrado no cerrado de Tocantins uma nova espécie de lagarto, cujo nome científico é Stenocercus quinarius.


Todas as serpentes são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos ou insetos. Algumas cobras têm peçonha para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por constrição. As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas. Isso se dá graças ao osso quadrado que funciona como uma peça de encaixe, que quando necessário desarticula sua mandíbula para se adaptar ao tamanho de sua presa (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crânio, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.

sábado, 13 de novembro de 2010

Anfíbios




Os anfíbios são seres vivos que durante seu ciclo de vida passam por duas fases: uma aquática e outra terrestre. Esta espécie é classificada em dois grupos principais: anfíbios com cauda e sem cauda. Os que não possuem cauda (rãs e sapos) são mais desenvolvidos em relação aos que possuem (salamandras).
No início de seu ciclo de vida, eles vivem exclusivamente dentro da água e, nesta fase, possuem a forma de alevino (filhote de peixe), realizando somente a respiração branqueal.Após sua metamorfose, eles deixam de depender exclusivamente do ambiente aquático para sobreviver e passam a viver em habitat terrestre; contudo, este novo ambiente deverá ser úmido para garantir a sobrevivência desta espécie.Apesar de possuírem pulmões, seus alvéolos são insuficientes para suprir toda a troca de gases necessária para sua sobrevivência. Por esta razão, eles absorvem oxigênio pela pele, e este processo é bem mais eficiente quanto eles a mantêm umedecida, por isso, eles precisam viver em ambientes úmidos.Sua reprodução é sexuada externa, este processo se dá quando o macho lança seus gametas nos óvulos liberados pela fêmea. De modo geral, este processo ocorrerá em água doce, e, uma vez fecundados, os ovos permaneceram em ambiente aquático até o nascimento dos girinos.Pelo fato de estarem protegidos pela água, os ovos dos anfíbios não necessitam de anexos embrionários adaptativos como, por exemplo, a bolsa amniótica. Esta é das características que os tornam diferentes dos vertebrados terrestres.




Metamorfose de um anfíbio.


Alguns anfíbios passam por uma mudança em seu estado físico, denominada metamorfose. Durante esse período vão perdendo as características aquáticas, adquirindo as formas dos adultos. O sapo é um exemplo disso, pois  vai perdendo sua cauda ao longo de seu desenvolvimento.


ALGUMAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS.


Sapo venenoso verde e preto, (Dendrobates auratus)

Fotografado: No zoológico de Toledo, no Ohio, EUA. Este espécime foi coletado no Panamá.
Tamanho: até 3,8 cm
Local: Nativo da América Central e da Colômbia, onde é usado há muito tempo pelos povos locais como fonte de veneno para suas flechas.
Situação: Animais em cativeiro sofreram com a infecção do fungo quitrídia, mas as populações selvagens ainda não foram atingidas. No entanto, a diminuição dos habitas de floresta tropical ameaça a sobrevivência em longo prazo dos sapos.
 


Salamandra-comum, Salamandra salamandra
Fotografado: No Zoológico de St. Louis, Missouri
Tamanho: até 250 mm
Local: Europa
Situação: EM DECLÍNIO



Aves

As aves são animais vertebrados que podem ser facilmente distinguidos pela presença de penas. A pena é uma característica exclusiva desses animais, ou seja, está presente em todas as espécies do grupo. Além disso, as aves não possuem dentes, são endotérmicas e apresentam um metabolismo elevado.As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, já foram descritas cerca de 12.000 espécies. Entre as espécies desse grupo há uma grande variedade de formas, tamanhos e hábitos. Existem desde espécies com poucos centímetros de altura até espécies como o avestruz, que pode atingir mais de dois metros de altura. Embora a maioria das aves esteja adaptada ao vôo, existem algumas exceções. O pingüim, por exemplo, não voa, mas pode nadar e mergulhar. Já o avestruz pode caminhar e correr.As aves surgiram durante a Era Mesozóica, cerca de 150 milhões de anos atrás. Acredita-se que elas evoluíram a partir de répteis bípedes, próximos aos dinossauros. O registro mais antigo de uma ave é o fóssil da espécieArchaeopteryx lithografica. Embora o Archaeopteryx possuísse penas, ele também apresentava outras características, como uma longa cauda e ossos compactos, mais semelhantes aos répteis do que às aves atuais.As aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no vôo, é também um importante isolante térmico. O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vôo.Muitos dos ossos das aves são pneumatizados. Isso significa que o seu interior é oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumáticos existem extensões do pulmão chamadas de sacos aéreos. Os sacos aéreos contribuem para a redução da densidade das aves, além de promoverem a refrigeração interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respiração.Outras características que contribuem para a redução do peso são: ausência de dentes, ausência de bexiga urinária e atrofia das gônadas fora da época reprodutiva. Além disso, as fêmeas geralmente só possuem um ovário.O osso que une as costelas na região ventral, o esterno, apresenta uma projeção chamada de quilha. A quilha é o ponto de inserção dos fortes músculos peitorais, responsáveis pelo batimento das asas.
A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento. Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se osanexos embrionários.As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie.

Mamíferos

São os animais mais evoluídos e também originam-se a partir dos répteis primitivos.
A característica principal desta classe é a presença de glândulas mamárias desenvolvidas, nas fêmeas, para a nutrição de seus filhotes. Pelo fato de apresentarem, em sua maioria, desenvolvimento embrionário no interior no útero da mãe, o risco de serem devorados por predadores nessa fase é o mínimo possível.
São também homeotermos e vivem em todos os tipos de habitat: regiões frias, quentes, secas, úmidas, aquáticas, etc.
Os mamíferos são revestidos por uma pele que apresenta pêlos e glândulas (mam rias, seb cias e sudoríparas), além de alguns anexos como: chifres, garras, unhas, cascos, espinhos, etc.O sistema digestivo é completo. Na boca, além da língua, há diferentes tipos de dentes (incisivos, caninos, pré-molares e molares). O estômago é simples, pórem nos ruminantes possui quatro câmaras (pança, barrete, folhoso e coagulador). Só os monotremos possuem cloaca; os demais possuem ânus anexos do sistema digestivo: fígado, pâncreas e glândulas salivares.
Os ruminantes apresentam um estômago denominado polig strico, isto é, com 4 câmaras separadas. O trajeto do alimento inicia-se na boca onde é mastigado e misturado com saliva; após a deglutição, desce pelo esôfago e dirige-se à primeira câmara, o rúmem ou pança. Em seguida, vai para o retículo ou barrete, onde é transformado em bolinhas que serão regurgitadas. Após a ruminação, o alimento é novamente deglutido, dirigindo-se, agora ao omaso ou folhoso, onde ocorre a absorção de água. Em seguida, vai para o único compartilhamento semelhante ao dos outros mamíferos, o abomaso ou coagulador. Saindo do estômago, o bolo alimentar agora segue um trajeto igual ao dos demais mamíferos. São ruminantes: boi, girafa, camelo, lhama, veado, etc.São urotélicos, ou seja, excretam principalmente uréia através dos rins metanefros, os ureteres desembocam na bexiga urinária, da qual sai a uretra, que conduz os produtos de excreção (principalmente a uréia) ao exterior, em geral, por uma abertura independente do aparelho digestivo.Respiração pulmonar (pulmões com alvéolos); laringe com cordas vocais (exceto nas girafas); diafragma separando os pulmões e o coração da cavidade abdominal, sendo o principal músculo dos movimentos respiratórios.A circulação é dupla e completa. Coração (revestido pelo pericárpio) completamente dividido em 4 câmaras (2  trios, 2 ventrículos); persiste apenas o arco esquerdo; glóbulos vermelhos anucleados, geralmente em forma de discos bicôncavos. A circulação é fechada, dupla e completa.Crânio com dois côndilos occipitais, três ossículos auditivos (martelo, bigorna e estribo); boca com dentes (raramente ausentes) em alvéolos nos 2 maxilares e diferenciados em relação aos hábitos alimentares.Coluna vertebral com cinco regiões bem diferenciadas: cervical, torácica, lombar, sacral e caudal.Quatro membros (cetáceos e sirênios sem membros posteriores); cada pé com 5 (ou menos) artelhos e variadamente adaptados para andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar; artelhos com garras, unhas ou cascos córneos e frequentemente almofadas carnosas.
- Plantígrados - apóiam toda a planta dos pés (homem, urso).
- Digitígrafos - apóiam apenas os dedos (gato, cão).
- Ungulígrados - apóiam o casco (são os Ungalata cavalo).
O SNC é constituído pelo incéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo é bem desenvolvido e possui dois hemisférios subdividos em lobos. O sistema nervoso periférico apresenta doze pares de nervos cranianos e nervos radiquianos que saem da medula espinhal.
Possuem ouvido interno, médio e externo, este com pavilhão auditivo (orelha). Olhos, em muitas espécies, com visão de cores. Possuem o olfato e o gosto vem desenvolvidos e, ainda, a superfície do corpo com inúmeras estruturas sensoriais.
Os machos apresentam pênis, testículos protegidos por uma bolsa escrotal para manutenção da temperatura um pouco abaixo da corpórea; fecundação interna e ovos oligolécitos, ou seja, com pouco vitelo.Possuem, ainda, todos os anexos embrionários anteriores, mais o aparecimento de uma placenta com cordão umbilical, permitindo a ligação entre mãe e filho. Após o nascimento, o filhote é alimentado pelo leite produzido nas glândulas mamárias.Na classe Mammalia, encontramos cerca de 6000 espécies, enquadradas em:
Subclasse PROTOTHERIA (ADELPHIA)
Aplacentados ovíparos (sem útero e sem vagina). Ordem Monotremata, exemplo: ornitorrinco e équidna.São muito primitivos e vivem na Austrália. O ornitorrinco possui um bico semelhante ao do pato, patas com membrana natatória e cloaca. A fêmea não possui tetas: o leite sai das glândulas com o suor, empanando os pêlos do peito, que são lambidos pelos filhotes. A fêmea põe de 1 a 3 ovos com cerca de 1,3 por 2,0 cm.
A équidna possui bico alongado, cilíndrico, língua protátil, corpo coberto com pêlos grossos e espinhos, pernas curtas. Tem hábitos noturnos e alimenta-se de formigas encontradas embaixo de pedras. A fêmea põe um ovo, provavelmente carregado na bolsa (marsúpio) do abdome.


Subclasse THERIA
- Infraclasse METATHERIA (DIDELPHIA).
Ordem Marsupialia
Placentados com útero e vagina duplos. (A placenta é pouco desenvolvida ou ausente).
Fêmea geralmente com bolsa ventral (marsúpio) ou dobras marsupiais circundando tetas no abdome. Fecundação interna; começo do desenvolvimento no útero, mas, após alguns dias, os embriões "nascem" e rastejam até o marsúpio, onde se prendem, pela boca, às tetas, e aí permanecem até estarem completamente formados, exemplos: canguru, gambá, cuíca, coala.


- Infraclasse EUTHERIA (MONODELPHIA)
Verdadeiros placentados, com um útero e vagina única; vivíparos; sem cloaca.

As principais ordens são:
Chiroptera (quirópteros) mamíferos voadores: morcegos.
Edentata (edentados) dentes reduzidos aos molares ou ausentes: tamanduás, preguiças, tatus.
Lagomorpha (lagomorfos) 3 pares de dentes incisivos que crescem continuamente: lebres e coelhos.
Rodentia (roedores) 2 pares de dentes incisivos que crescem continuamente: ratos, camundongos, esquilos, castores.
Cetacea (cetáceos) - mamíferos aquáticos: baleias, golfinhos e botos.
Carnivora (carnívoros) - dentes caninos muito desenvolvidos: cão,gato, leão, lobo, hiena, coiote, urso, tigre, quati, lontra, foca,jaguatirica.
Perissodactyla - mamíferos ungulados de dedos ímpares: cavalo, rinoceronte, anta, asno, zebra.
Artiodactyla - mamíferos ungulados de dedos pares: boi, porco, camelo, girafa, hipopótamo, búfalo, alce, cabra.
Proboscidea (proboscídeos) - nariz e l bio superior formam uma proboscide muscular longa e flexível, a tromba: elefantes.
Sirenia (sirênios) - corpo fusiforme, aquáticos: peixe-boi.
Primata (primatas) - cabeça formando ângulo reto com o pescoço; ossos das pernas separados; olhos dirigidos para frente; onívoros: lêmures, macacos, homem.Dá-se o nome de ungulados aos animais portadores de cascos. Os unguiculados são os portadores de garras (quirópteros, edentados, carnívoros, roedores e lagomorfos).

Aracnídeos

Os aracnídeos são organismos pertencentes à classe Arachnida do filo dos Artrópodes. Desta classe fazem parte mais de 60.000 espécies, entre elas: aranhas, carrapatos, escorpiões, etc.Os artrópodes possuem um sistema nervoso bastante desenvolvido e muitos deles, como a aranha e o caranguejo, possuem exoesqueleto, ou seja, uma dura carcaça externa.Dentro desta enorme variedade, a grande maioria desta espécie é composta  por animais terrestres que respiram através de traquéias. Contudo, alguns realizam a respiração cutânea e outros possuem pulmões folhosos.Os aracnídeos são em sua maior parte, predadores, algumas espécies, inclusive, possuem glândulas de veneno com o qual abatem as suas presas. Sua reprodução se dá por meio de fecundação interna, geram ovos de onde saem diminutos seres que não passarão por metamorfose.Uma curiosidade sobre alguns aracnídeos como as aranhas e os ecorpiões, é o fato de que as primeiras são capazes de sobreviver em muitos tipos de ambientes, já os escorpiões são mais facilmente encontrados em regiões mais áridas. Contudo, ambos podem viver próximos da água. Algumas aranhas, inclusive, são capazes de andar sobre a água para capturar suas presas.

Répteis

Classe de vertebrados, de corpo geralmente alongado, excepto nos cágados e tartarugas, e coberto de escamas ou placas queratinizadas. São todos amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma membrana aminiótica).Os répteis estão entre os mais antigos grupos de animais terrestres do mundo. Os primeiros répteis, como são conhecidos hoje em dia, evoluíram dos anfíbios há 250 ou 300 milhões de anos atrás e proliferaram com rapidez até se transformarem numa criatura terrestre. Provavelmente, os primeiros répteis eram fisicamente parecidos com os que existem hoje em dia. As suas peles grossas e impermeáveis ajudaram-nos a manter a humidade e os ovos em conchas e permitiram-lhes desenvolver-se em ambientes secos. Estas adaptações ajudaram a completar os seus ciclos de vida na terra. Dessa forma, eles foram capazes de colonizar quase todo o ambiente terrestre muito rapidamente.Os répteis que conhecemos hoje em dia representam um pequeno exemplo daquelas primeiras criaturas, a maioria evoluiu rapidamente em outras direcções. Registros de fósseis mostram que os dinossauros e seus parentes, por exemplo, foram descendentes dos primeiros répteis, e não ao contrário. Com o tempo, vários grupos de répteis se diversificaram. Nos registros comparativos de fósseis, aparecem répteis parecidos aos mamíferos. A descoberta do famoso fóssil do Archaeopteryx, em 1861, demonstrou que os pássaros também evoluíram destes primeiros reptilianos. 
principais características:
O esqueleto é completamente ossificado;
Alguns répteis, como o Sphenodon, têm costelas ventrais;
Os pulmões são bem desenvolvidos e, por vezes, providos de sacos aéreos;
O coração tem três cavidades, com uma divisão parcial no ventrículo, excepto nos crocodilos, em que há quatro cavidades separadas;
Os ovos geralmente são grandes e têm casca calcária ou coriácea.
Principais grupos de répteis:
OS QUELÓNIOS (Cágados e Tartarugas)
Têm o corpo coberto por uma carapaça óssea revestida de placas córneas. O esqueleto é parcialmente ligado à carapaça. Não têm dentes, mas as maxilas são cobertas de substância córnea que lhes dá grande resistência. São dotados de grande longevidade (mais de 200 anos).Há dois tipos principais de tartarugas: as terrestres, de carapaça arqueada e membros aptos para a marcha, e as aquáticas, de carapaça achatada e membros remi formes.
OS LAGARTOS
Estão representados no Norte da Europa pela Lacerta vivipara, que pode medir 18 cm, incluindo a cauda de 10 cm, o lagarto-da-areia (Lacerta agilis), de 25 cm de comprimento total, com cauda de 13 cm, e o lagarto-sem-pernas ou licanço (Anguis fragilis), de 30 cm a 40 cm de comprimento. No Centro e no Sul da Europa encontram-se lagartos, como o sardão (Lacerta lepida), que podem atingir 50 cm de comprimento.
OS CAMALEÕES
São arborícolas e podem mudar de cor de harmonia com o ambiente.
AS COBRAS
São desprovidas de membros, mas em algumas (serpentes gigantes, como as jibóias) encontram-se, debaixo da pele, vestígios dos membros posteriores.
OS CROCODILOS
São os répteis mais altamente evoluídos, o que é denunciado pelo coração dividido em quatro cavidades e pelos dentes implantados em alvéolos.